Campinas destaca-se por ser sede da segunda mais importante região metropolitana do Estado de São Paulo. A intensa valorização imobiliária de seu território favoreceu a expulsão dos pobres para sua periferia. Com a reestruturação produtiva, o espraiamento dos usos estendeu-se também à moradia das classes média e alta, bem como para os usos comerciais, de serviços e industriais, o que teve como resultado a configuração de Campinas como uma metrópole extremamente desigual e segregada. 

Foram levantados 234 assentamentos precários do município, dentre favelas, ocupações e loteamentos irregulares existentes no município, e foi feita uma análise técnica de cada um destes assentamentos, com a classificação de cada uma das áreas quanto ao grau de consolidação (consolidados, consolidáveis e não consolidáveis) e tipo de intervenção (regularização fundiária, urbanização simples, urbanização complexa, remoção e remanejamento de domicílios). 

A partir desta visão geral da problemática habitacional o plano apresenta sua proposta de ação que inclui não só os princípios, objetivos e diretrizes, mas também apresenta um conjunto de estratégias que pretende implementar para atingir os objetivos anteriormente propostos. Prevê também a constituição de um sistema de avaliação e monitoramento do plano, com o intuito de permitir que o governo e sociedade possam acompanhar de perto a implementação do plano e sua efetividade.

Foi resultado de um trabalho realizado em conjunto entre o governo e o Conselho Municipal de Habitação durante 12 meses dedicou suas reuniões para a discussão deste Plano Municipal de Habitação, realizado pela primeira vez no município de Campinas.